28/03/11

FTL

Li que as "Raides da aliança abrem caminho aos rebeldes para a cidade natal de Khadafi"
e a minha mente levou-me a Azeroth.

01/09/09

Todos os dias, quando chego ao escritório, o meu telefone está num sítio diferente da secretária.

Quem disse que as senhoras da limpeza não são criativas?

22/01/09

Sítio onde chove

Um dia alguém me há-de explicar porque é que em Lisboa a chuva não segue a lei da gravidade.

E sim, é só em Lisboa.

18/12/08

Sítio mais ou menos hard/heavy/punk

Apesar de ter imenso trabalho para fazer e entrar de férias amanhã às 18h30, uma pessoa tem de começar a pensar nos presentes de natal, certo? Dada a justificação, fui contentinha pesquisar DVDs musicais no site de uma loja de entretenimento que começa por F e acaba em C e tem NA lá pelo meio.
Como pessoa extremamente rebelde e mázona que sou, fui pesquisar Hard/Heavy/Punk. E foi a tragédia, o drama, o horror. Pois senão que me deparo com estes resultados:



Resta saber em que categoria das três se inserem os Tokio Hotel. Estou indecisa.

PS: E não encontrei o DVD que estava à procura.

15/12/08

Sítio onde os ídolos também têm carne

A todos os portugueses que achavam que depois do filme pseudo-erótico-pseudo-adaptação-da-obra-do-Eça "O Crime do Padre Amaro" Carlos Coelho da Silva ia ter juízo e deixar de dar machadadas nos heróis nacionais, eis que ele volta a surpreender com "Amália", não aconselhável a avozinhas, seguidores da fadista e/ou fanáticos do fado.

PS: Just for the record, não entendo nem perdoo ao Carlos Coelho da Silva a heresia que fez ao Eça; já a Amália, deixo o drama para os respectivos fanboys.

27/11/08

Sítio onde escolher é overrated

Como principal cidadã deste mundo meio afanado tenho a dizer que um dos verbos que mais alergia me fazem é o verbo escolher. Abomino com todas as minhas forças do meu mais profundo Ser ter de escolher alguma coisa.

"Porquê?", perguntais vós (só para ninguém me bater se eu escrevesse "perguntam vocês"). Ora tomai a lista (eu gosto muito de listas, não gosto? E de fazer parêntesis também. E da palavra parêntesis. Parêntesis. Parêntesis. E perspectiva. Perspectiva. Hmm...):

1º Porque escolher implica, pior ainda do que preferir, preterir.

E eu sou muito picuinhas e nhónhó no que toca a preterir coisas e pessoas e animais e por aí adiante. Quase que peço desculpa aos arrumadores dos arredores do Colombo por estacionar o carro no parque e pagar um balúrdio, em vez de fechar os olhos e confiar que o euro que podia dar ao dito arrumador para ajudar nas compras de um vício que o vai matar e fazer roubar família, amigos e desconhecidos - não necessariamente por esta ordem -, seria suficiente para ele não me riscar o carro todo. E mais, a consciência pesa-me por preferir a pastelaria da esquina - nova, agradável, com bolos deliciosos e grande oferta de bens - em vez da pastelaria do rés-do-chão do prédio - com um café muito mau, decoração digna de sala de espera de centro de saúde, os mesmos 10 tipos de bolo e atendimento sui generis, e cada vez com menos clientela. Parva? Talvez. Mas sou fofinha, não sou?

2º Porque normalmente só se pode escolher uma coisa de cada vez.

Não sendo neta do Onassis:
- não posso seleccionar uma dúzia de pratos num restaurante para provar uma garfada de cada coisa;
- estou condenada a cingir-me a uma das dez camisolas que vi numa loja e vesti-la até à exaustão, pensando sempre "mas que belo investimento", mas sonhando com as outras nove;
- o motorista que me leva de carro até à Azambuja está completamente fora de questão. É acordar cedo e vestir à pressa para apanhar o autocarro ou enfiar-me no trânsito da 2ª circular, o que funciona como auto-flagelação por não ter acordado cedo.

3º Porque não consigo deixar de pensar naquilo que estou a perder.

Se escolho almoçar no restaurante da esquina, é mais caro mas come-se bem. Por outro lado, bem podia ir comprar só um croissant com queijo e um sumo ao Minipreço e poupar o dinheiro, que me faz falta. Mas se for ao restaurante e comer só uma sopa, é mais saudável que o croissant. Só que se comer apenas sopa tenho de ficar ao balcão, e não faz bem comer em pé. Posso sempre ir ao McDonald's e trazer um hamburger e acompanhar com uma água lá no escritório. Mas o hamburger arrefece até chegar lá. E o restaurante da esquina tem um menu bastante apetecível hoje... Olha, bolas, passou-se a hora de almoço!

Suspiro.

Por estas fantásticas e tão bem elaboradas razões eu sou pessoa para levar à loucura quem espera que eu escolha qualquer coisa rapidamente. Tudo é pensado tão pormenorizadamente, que das duas uma: ou não consigo escolher nada, ou o que escolho não é a escolha certa.

Tenho saudades do "Agora Escolha". Era fácil escolher nessa altura.

17/11/08

Sítio com altas habilitações

Com tanto doutor à minha volta, às vezes acho que trabalho num hospital.

02/09/08

Sítio onde só se posta quando se vai de férias

Amanhã vou de férias. Quatro diazinhos. Até sabe a choco.

08/07/08

Sítio onde se conta os dias para começar as férias

Eu, tal como muita gente, que não interessa nada, porque eu sou a única pessoa que importa neste mundo à parte, tenho férias nos dias 14, 15, 16, 17 e 18 de Julho.

Bom para mim, certo?

Certíssimo. Já comecei a contagem descrescente. Não tenho aqueles tracinhos que se fazem nas prisões, mas podia ter. Já comecei a pensar na roupa que vou levar, em tudo o que não me posso esquecer de enfiar na mala, na limpeza mínima da casa que terei de fazer se não quero chegar no dia 20 e ter um cheiro a esparguete ressequido (é muito mau, acreditem).

Para quem me rogou a praga do costume de quando se sabe que alguém vai de férias e nós não, com todo o respeito: vá-se lixar. Nem que chova torrencialmente, ou caia neve em Lagos, eu vou de f-é-r-i-a-s, ao contrário de si. O que implica:

- fazer o mínimo esforço para o que quer que seja;
- não pensar que amanhã tenho de acordar cedo e só vou dormir 4h como sempre;
- usar óculos escuros, vestidos, calções e chinelos com meias à vontade, sem medo de parecer turista - porque é isso mesmo que vou ser, e o leitor não, muahaha (onomatopeia de riso maléfico);
- ganhar um quarto de tonalidade bronze na pele e continuar da cor dos ingleses (não adianta rir-se de mim, não vai ferir-me; ultrapassei os complexos do tom acinzentado faz este Verão 8 anos);
- não querer saber de fazer almoços e jantares, pois alguém os fará por mim;
- chegar a casa e descobrir que o governo caiu, porque não vejo notícias de férias.

Ir de férias tem muito que se lhe diga. Primeiro, a própria expressão: "ir de férias". Não é assim tão parvo como se possa imaginar. Afinal de contas, estar de férias é ir de férias para qualquer lado. É uma questão de posicionamento vs. tempo: se estiver no escritório, diz "vou de férias para a semana"; quando o para a semana chegar, diz "estou de férias" se estiver em casa, mas "vou de férias" se for passar as férias noutro sítio. Quando chega ao sítio, diz "estou de férias".

Ir de férias faz-me mal ao cérebro; estar de férias ainda mais.

*Se tiver ficado confuso depois de ler este post, parabéns, passou o teste.*

28/04/08

Sítio onde até a paciência de Jó se esgota

Tal como esperava, a pró-actividade foi-se completamente. Aliás, nem durou umas horas. Desapareceu ao fim de minutos, o que é uma pena. Como diz o meu director-geral, com dinheiro é que a malta fica satisfeita e, de facto, os 80 euros negativos no saldo da minha conta não me estão a deixar muito contente.

Avizinha-se uma semana bastante complicada. Não a nível de finanças, que isso não deve variar do resto do panorama das passadas semanas, mas a nível de paciência. Para quem não sabe, sou recordista de paciência. Sou capaz de ultrapassar o próprio Jó*, atrevo-me a dizer. Sou daquelas pessoas que engole uma tonelada de sapos. Se o empregado do café demorar vinte minutos a trazer a conta e eu estiver mais que atrasada para o emprego, espero pacientemente que me tragam a conta; se estiver numa fila e me passam à frente, espero pacientemente a minha vez; se só houver um lugar no elevador, cedo gentilmente lugar à senhora que vinha atrás de mim, que até parecia com mais pressa e tudo; se os meus colegas não fizerem o seu trabalho correctamente e prejudicarem o meu, espero pacientemente que corrijam a merda que fizeram enquanto ouço dos meus superiores.

Como é que consigo, perguntam vocês? Há vários segredos:

1º Respirar profundamente
O truque é expandir o abdómen ao inspirar e contrair quando se expira. Respiração yoga. Muito eficaz quando sentimos a raiva a subir-nos pelas entranhas.

2º Imaginar que os outros têm sempre prioridade
Não é fácil, mas ao fim de uns anos consegue-se sempre pensar no outro primeiro.

3º Sorrir
Mesmo que seja amarelo, um sorriso faz sempre bem à alma. E ajuda a acalmar a vontade que se tem de sacar da shotgun e chamar a atenção ao empregado que está a fingir que limpa o balcão e que não nos vê - apesar de sermos os únicos ao balcão.

4º Saber que a irritação faz cabelos brancos
Cada vez que nos irritamos, um folículo de cabelo ameaça esbranquiçar-se. Ser zen na altura ideal evita a (des)coloração capilar.

5º Contar até 10
Por ordem crescente ou decrescente, não importa. Chega-se sempre ao 5 a contar mais devagar.

6º Pensar no que vamos fazer para o jantar...
...ou no ginásio da esquina que vamos inscrever-nos amanhã sem falta, se não chover e se os planetas tiverem bem alinhados; ou naquele livro que devíamos começar a ler, porque é muito interessante e o Marcelo Rebelo de Sousa não conhece; ou na remodelação que gostávamos de fazer na sala de estar, com uns cortinados novos, talvez uma prateleira por cima do sofá, dá muita arrumação; por falar em arrumação, está na altura de fazer a limpeza ao roupeiro, dava-me jeito era roupa nova; etc. Deixar o cérebro fluir.

Enfim, mas esta semana não me apetece ser paciente. Apetece-me andar com uma shotgun (ou com cara de poucos amigos, também costuma resultar) e lutar pelos meus direitos em todos os aspectos:
- a senhora velhota de saltos altos que fica ofendida porque não me levanto imediatamente do lugar do comboio assim que a vejo e não estendo a passadeira vermelha para ela se sentar bem confortável a descansar da dor de costas bem pode ficar de pé até ao resto da sua vida, com saltos o mais fininhos possível para lhe doer bem a espinha, que eu vou ficar sentada a sorrir que nem o gato da Alice;
- o empregado da cara de ogre da pastelaria vai ouvir um grito educado "TRAZ-ME A CONTA OU É OFERECIDO?" de cada vez que olhar para mim com uma nota na mão a abanar e me virar costas;
- a senhora da recepção aqui do prédio do escritório vai ouvir bons dias e boas tardes tão sonoros quantas as vezes que decidir ignorá-los;
- os meus colegas não vão levar com boa-vontade. Tudo o que não precisar de fazer, não vou fazer mesmo.

Pode não parecer muita coisa, mas é disto que eu vivo. Porque a parte boa da minha vida, as outras seis horinhas do dia (fora a parte de dormir), estão recheadinhas de paciência, para dar e vender, de bom grado.

O resto dos mundos por aí: beware.


*Para quem não sabe, Jó foi fruto de uma aposta entre deus e o diabo, que consistia em retirar tudo ao pobre coitado para provar que ele continuava fiel ao seu senhor. Depois de ficar sem riqueza, mulher e amigos (mas com fé), foi devolvido ao coitado do Jó tudo o que tinha, a dobrar. Conclusão da história: fazer apostas com a desgraça das outras pessoas não faz mal, desde que se seja deus. Ah, isso e Jó era muito paciente.

24/04/08

Sítio da pró-actividade

Hoje a pró-actividade tomou conta de mim. Passo a explicar: hoje houve reunião geral cá na empresa. O novo director-geral apresentou-se (passado um mês de cá estar em funções, mas mais vale tarde que nunca), falou do seu MBA, apresentou os objectivos da empresa, a situação actual em que nos encontramos, contou piadas, esforçou-se para motivar a equipe (sim, ele disse mesmo equipe).

Até aqui eu estava a compreender tudo. Não a aceitar, mas não quero ser demasiado exigente, o homem é novo cá, tem o nível de motivação alto, aliás, ele próprio é alto. Mas entendi tudo direitinho.

Começou tudo a descambar quando ele apresentou o slide com as carreiras profissionais possíveis dentro da empresa. Era uma sucessão de cinco ou seis bolinhas, da mais pequena à maior, em quatro áreas diferentes. E eu procurei, juro que procurei, mas nem nas bolinhas mais pequeninas eu encontrei a minha posição actual cá dentro. E se não me encontro no universo apresentado pelo senhor nosso director, meus amigos, o que estou eu a fazer na empresa? Qual das bolinhas mais gordinhas poderei ser um dia? Quem sou eu? Onde estou? Para onde vou?

Mas o pior veio depois. Quando ele disse a frase "sem dinheiro as pessoas não estão satisfeitas". Eu tenho para mim que ele sabe exactamente quanto é que cada um de nós ganha. Por isso mesmo não entendi. Afinal de contas, ele é licenciado em matemática aplicada à estatística. Será que sabe calcular a diferença estúpida de salários que existe aqui?

Todas estas questões filosóficas me perseguem desde aí - desde há meia hora atrás. Estou motivada? Estou. Sinto a pró-actividade a subir pelas minhas entranhas acima? Sinto.
Mas não faz mal, daqui a umas horas passa-me tudo.

17/04/08

Sítio onde acontecem coisas boas

O meu avô faz hoje anos.
O Sporting ganhou ontem por 5-3 ao Benfica.

E ainda assim, falta qualquer coisa...

...ou não :)

I've been crawling on my belly
Clearing out what could've been.
I've been wallowing in my own confused
And insecure delusions
For a piece to cross me over
Or a word to guide me in.
I wanna feel the changes coming down.
I wanna know what I've been hiding in

My shadow.

26/03/08

Sítio dos meninos do trrim-trrim e respectivos paizinhos

No meu tempo (e atenção que eu não gosto desta expressão) também íamos à escola porque tinha de ser. Alguns de nós até tiravam prazer disso - uns porque gostavam de aprender, outros porque era um espaço longe dos pais, os restantes por outro motivo qualquer - mas a maioria ia quase obrigada.

Também preferíamos uns professores a outros, umas disciplinas a outras, uns colegas a outros.

Também levávamos o grito "Calem-se!" que sucedia a uma pancada forte na mesa com o livro de ponto ou o objecto mais à mão.

Também puxávamos a cadeira ao colega da frente quando ele se reclinava e se apoiava só nas pernas de trás. Às vezes corria mal.

Também enviávamos papelinhos escritos que percorriam a sala a dizer nada e a dizer tudo. Na maior parte das vezes não eram apanhados pelo professor, mas quando eram ficávamos envergonhados.

Não havia telemóveis e quando alguém cantava era imediatamente mandado calar pelo professor - e calava-se.

Não gritávamos com os professores, certamente não os ameaçávamos, e não lhes batíamos, por maiores e mais fortes que fôssemos.

Claro está, haviam sempre os mais expeditos que às vezes eram mal-educados e respondiam mal, mas sem grandes abusos. Quando abusavam, iam para a rua.

Por isso é que eu não entendo os meninos do trrim-trrim. Não entendo como é que crianças conseguem ser rudes ao ponto de gritarem com a professora porque esta lhes tira o telemóvel na sala de aula, nem entendo como é que os colegas das crianças rudes ficam a olhar, impávidos e serenos (ok, e a rir), para a humilhação pública da professora.

Lembro-me de um professor meu de matemática do 8º ano com quem gozávamos quase explicitamente na cara. Tinha a sensação de que estava sempre pouco à vontade connosco, pelo menos não conseguia calar-nos. Chamava-se Carlos, mas tinha um porta-chaves com um "P", pelo que foi automaticamente apelidado de "p*******o", o que lhe tirou todo o pouco respeito que poderíamos ter por ele. Combinávamos coisas do género olhar todos para o tecto à mesma hora. Coisas inocentes. Que irritavam, mas não eram agressões. Tinha piada na altura, hoje acho parvo.

Admitindo que filho meu gritaria ou tocaria num professor, ficava sem telemóvel até aos 18 anos, sem sair durante meses, sem privilégios durante semanas, e era obrigado a ter as melhores notas nessa disciplina.

Não me venham cá dizer que a culpa é do estatuto do aluno. A culpa é dos paizinhos da criancinha rude - em primeiro lugar - e da própria criancinha rude - em segundo lugar. Sempre me ensinaram a respeitar o professor e os mais velhos em geral. E não sei se era porque a minha professora primária chorava quando dois colegas nossos corriam à volta da sala e ela tinha de lhes dar reguadas, mas sempre tive muito respeito e muito carinho pelos professores. Pelos maus também. Pronto, só respeito, carinho não. Mas mesmo assim.

Inventem-se (ou ensinem-se) novos pais, já dizia o outro.

20/03/08

Sítio onde a Primavera diz que começa mas eu acho que é mentira

Previsões meteorológicas para hoje, 20 de Março:

REGIÃO NORTE
Céu pouco nublado ou limpo, tornando-se muito nublado por
nuvens altas no final do dia. Descida da temperatura mínima.

REGIÃO CENTRO
Períodos de céu muito nublado, tornando-se progressivamente
pouco nublado. Aguaceiros fracos até ao início da manhã.
Descida da temperatura mínima nas regiões do Interior.

REGIÃO SUL
Céu muito nublado, tornando-se progressivamente pouco nublado.
Aguaceiros, diminuindo de frequência a partir da tarde.
Subida da temperatura, em especial da máxima.

Conclusões óbvias a retirar:
Bem-vinda, Primavera (ahah)
Parabéns, primita (16!)
Olá, alergias (enfim, ninguém é perfeito)
Ainda bem que amanhã vou para o Algarve (para o barlavento)

Odeio as terças-feiras. Ah, hoje é quinta. Bolas.

10/03/08

Sítio onde se odeia a terça-feira

Para quem ainda não reparou ou não mora em Lisboa, está a chover. Água molhada. Estou de mau-humor, portanto.

Estão a pensar que é por ser segunda-feira, ah e tal, o fim-de-semana acabou-se? Pois enganaram-se, não é culpa da segunda-feira. A culpa é toda da terça-feira. As terças-feiras, meus amigos, são elas que nos lixam a semana, senão repare-se *:

Segunda-feira Tudo bem, acabou-se o fim-de-semana. Mas tuga que é tuga sabe que mesmo que consiga acordar de manhã neste dia, tomar banho e chegar ao trabalho/emprego, o cérebro demora a processar as informações. Por isso, as segundas são sempre uma espécie de domingo no qual se pasta (ou se coça a micose, depende do género) dentro do escritório; dê-em-nos Internet e está tudo OK - por enquanto;

Quarta-feira Ah, meio da semana! Já se passou o inferno da terça (descrito mais abaixo neste post) e só faltam 2 dias! Os colegas parecem-nos mais simpáticos, mais giros; o trabalho parece mais light, mais fazível; o sol nasce brilhante no céu e os coelhinhos passeiam pelo bosque;

Quinta-feira Só falta um dia. Pode ser traiçoeira, a nossa quinta-feira. Num segundo podemos mudar de opinião entre "amanhã já é sexta!" para "nunca mais é sábado", depende do estado de espírito;

Sexta-feira O supra-sumo dos dias da semana.

E a bela da terça-feira, perguntam-se os meus leitores (os peixes, portanto)?

Sintomas:
- vestir a primeira coisa que encontra de manhã e rezar para que alguém o mande ir a casa mudar de roupa
- cansaço nas pernas e no cerebelo
- falta de vontade para se fazer o que quer que seja (incluindo ir à casa-de-banho, o que origina problemas de rins)
- olhar para o relógio de dois em dois minutos e suspirar sempre que constatamos o triste facto de que a vontade não muda mesmo nada
- conseguir enumerar todas as actividades que poderia estar a realizar em vez de estar a trabalhar (e por ordem alfabética!)
- escrever blogs parvos
- ler blogs parvos

Reconhece-se nalgum destes pontos? Parabéns, é português.
E está-me a dar razão.

Imagem alojada pelo webtuga

I hate tuesdays.

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* não dá estilo? "Senão repare-se"? Ui, ui, e depois exponho a minha tese, ora leiam!

A quem pertence este mundo?

A minha foto
Eu, que tão bem me conheço, vejo-me sempre o que sou, nunca o que, afinal, pareço.